Joao @ quarta-feira, janeiro 28, 2004
Não gosto de ver futebol mas claro que soube o que sucedeu com o jogador Féher, aliás só quem não vê televisão não viu o pobre homem cair 30 mil vezes no relvado. E claro que é de lamentar que um jovem desportista morra aos 24 anos de uma forma tão repentina e é perfeitamente compreensível que as pessoas se emocionem, mais ainda os adeptos de futebol. O que, na minha opinião, parece muito triste é ver pessoas em verdadeiros “ prantos” quando mal conheciam o desportista, não acho que esteja mal chorar-mos os nossos mortos, mas na minha opinião torna-se uma idiotice chorar de tal maneira pessoas que mal conhecemos quando morrem todos os dias milhares em situações muito mais dramáticas e, sem querer desprestigiar o jogador, mereciam muito mais ser choradas por nós portugueses do que Féher. Então os bombeiros que morreram no Verão e os polícias que morrem por pessoas que não conhecem, ou uma criança que morre de forma trágica? Não merecem ser chorados?
A outra estupidez e esta sim é verdadeiramente execrável, e que aliás não é nenhuma novidade no nosso Pais é a maneira como as televisões se aproveitam do sofrimento dos outros, aconteceu em Entre-os-Rios, aconteceu agora e hão de acontecer sempre estes rituais de necrofagia que sugam a dignidade com que alguns ainda morrem, repetindo vezes sem conta as mesmas cenas, vangloriando o facto “ de terem estado lá para contar” e explorando a vida das famílias sem o mínimo de ética e profissionalismo.
A outra estupidez e esta sim é verdadeiramente execrável, e que aliás não é nenhuma novidade no nosso Pais é a maneira como as televisões se aproveitam do sofrimento dos outros, aconteceu em Entre-os-Rios, aconteceu agora e hão de acontecer sempre estes rituais de necrofagia que sugam a dignidade com que alguns ainda morrem, repetindo vezes sem conta as mesmas cenas, vangloriando o facto “ de terem estado lá para contar” e explorando a vida das famílias sem o mínimo de ética e profissionalismo.