Telenovelas
Aquele Que Bloga @ sexta-feira, janeiro 30, 2004
De certo que não sou a primeira pessoa que repara nisto nem mesmo a primeira que o exprime, mas reparem neste promenor:
Nas telenovelas (TODAS, mesmo), as quais não vejo (NENHUMA, mesmo), reparei (ao ter de ver as novelas que a minha familia vê, não tenho remédio), desde há muito tempo, num certo detalhe de realização que me incomoda profundamente. Imaginemos duas personagens, A Valéria Alexandra e o Erivaldo Carcança, par este que podia ser muito bem o seguinte:
E imaginemos a seguinte deixa:
Valéria: "Erivaldo, (abana a cabeleira cheia de laca, provocando um efeito surpreendente: O efeito das pestanas que abanam mais que o cabelo) que se passa com voçê?" (É aleatório, mas o som ouvido pelo tele-espectador pode não corresponder com a expressão labial dos actores)
Erivaldo: "Valéria ... (a boca ainda mexe) Eu estou apaixonado pela Natasha Kassandra!"
E agora surge o detalhe de realização. Para deixar o espectador em total angústia, inicia-se o processo de finalização de cena, mas (REPARE-SE) sem antes ficarem os actores 30 segundos de total sofrimento a olharem-se sem dizer nada.
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Todas, todas as cenas têm o mesmo molde para acabarem. O argumentista decide acabar a cena e o realizador interpreta-o como meio minuto de total ataraxia auditiva... Se começarem a reparar, incomoda.
Enfim, viva as novelas. Viva a cultura. Viva a arte... ?
Nas telenovelas (TODAS, mesmo), as quais não vejo (NENHUMA, mesmo), reparei (ao ter de ver as novelas que a minha familia vê, não tenho remédio), desde há muito tempo, num certo detalhe de realização que me incomoda profundamente. Imaginemos duas personagens, A Valéria Alexandra e o Erivaldo Carcança, par este que podia ser muito bem o seguinte:
E imaginemos a seguinte deixa:
Valéria: "Erivaldo, (abana a cabeleira cheia de laca, provocando um efeito surpreendente: O efeito das pestanas que abanam mais que o cabelo) que se passa com voçê?" (É aleatório, mas o som ouvido pelo tele-espectador pode não corresponder com a expressão labial dos actores)
Erivaldo: "Valéria ... (a boca ainda mexe) Eu estou apaixonado pela Natasha Kassandra!"
E agora surge o detalhe de realização. Para deixar o espectador em total angústia, inicia-se o processo de finalização de cena, mas (REPARE-SE) sem antes ficarem os actores 30 segundos de total sofrimento a olharem-se sem dizer nada.
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Valéria: ... (olha pro Erivaldo)
Erivaldo: ... (olha prá Valéria)
Valéria: ... (olha para o Erivaldo novamente)
Erivaldo: ... (olha pro chão)
Todas, todas as cenas têm o mesmo molde para acabarem. O argumentista decide acabar a cena e o realizador interpreta-o como meio minuto de total ataraxia auditiva... Se começarem a reparar, incomoda.
Enfim, viva as novelas. Viva a cultura. Viva a arte... ?