"Habemus Papam"

Terá sido esta a frase mais ouvida no dia que passou e anunciou o novo Papa: Joseph Ratzinger, conhecido, de agora em diante, como Bento XVI (para os tugas).

Entre as dúvidas da cor do fumo que saía da chaminé à confirmação, através dos sinos e da leitura de um documento por um cardeal, as TVs pararam para informar o mundo. Como me disse um colega: "Qualquer TV que imagines, está a dar o novo Papa".
Encontrava-me na faculdade, pelas 17h, pelo que não me foi possível assistir ao mundo centrado numa praça. Felizmente: há a SIC Noticias.

Depois de muito ouvir sobre o novo Papa há uma coisa que me parece unânime: o novo Papa é conservador.

A minha curta visão, e talvez por isso, não me permite ficar espantado com uma escolha destas.

Quereria o mundo um líder da Igreja Católica Apostólica Romana que fosse a favor do aborto?
Quereria o mundo um líder da Igreja Católica Apostólica Romana que fosse a favor da eutanásia?
Quereria o mundo um líder da Igreja Católica Apostólica Romana que fosse a favor do comunismo?
Quereria o mundo um líder da Igreja Católica Apostólica Romana que fosse a favor do casamento entre homo-sexuais, casamento de padres?
Quereria o mundo um líder da Igreja Católica Apostólica Romana que fosse a favor das Guerras Norte Americanas?

A resposta é: Sim, o mundo queria tudo isso.
Mas a Igreja ... ... tem 2000 anos. Queriam que o Senhor Bento esquecesse tudo isso? Queriam a Igreja de pernas para o ar e quiçá a casar um Papa? há muita coisa que se queria mas para as quais o mundo não tem que ter voz.

Perante isto, vejo-me obrigado a concluir: o Papa, é só um instrumento na imensidão da Igreja. Talvez a foto reflicta isso, talvez não...